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MEMORIAL
A arquitetura de uma cidade é constantemente construída, revista, reavaliada, restaurada e em alguns casos destruída para dar lugar a novas intervenções. Certas edificações, no entanto, pelo valor histórico, cultural ou social adquirido, acabam tombadas. Outras, a pesar destes mesmo valores imbuídos, se enquadram em tipos de preservação onde parâmetros são estabelecidos com o intuito de resguardar o edifício isoladamente.
No Recife, este tipo de edificação foi batizada de Imóvel Especial de Preservação –IEP- e incentivada a utilização dos terrenos por novas construções.
Após quase 10 anos da implementação da legislação, grande parte das intervenções visam a construção de espigões residenciais deixando ao “imóvel especial” a mera função de salão de festas e/ou espaços para atividades físicas.
O casarão, nestes casos, inicialmente preservados pelo exímio valor histórico, artístico e cultural assume funções secundárias num conjunto onde as relações espaciais e volumétricas são desprezadas e a consonância arquitetônica ignorada.
Neste contexto, surge a necessidade de rever esse tipo de intervenção, estudar benefícios urbanísticos para a sustentabilidade através de novos usos que não os condominiais residenciais e a possibilidade de priorizar usos incentivadores de relações urbanas com a cidade e com a população.
Assim sendo, este trabalho trás como proposta a criação de um centro culturais no terreno objeto de estudo. Equipamento preocupado com a sustentabilidade econômica do conjunto, com a ânsia do mercado imobiliário de ocupar esses enormes terrenos e usufruir dos benefícios legais, com as relações volumétricase arquitetônicas e incentivador da cultura local através da difusão de seu legado arquitetônico.
FICHA TÉCNICA
Autores: Clara Reynaldo
Perspectiva: Alex Haiashida
DADOS GERAIS
Localização: Recife, Pe (Brasil)
Área terreno: 259m²
Área construída: 185m²
Projeto: 2006